Neutralidade
, mídia e opinião pública. RESUMO: Este texto é uma reflexão sobre
a neutralidade e sua presença na mídia, receptor e emissor e na opinião
pública. Inicialmente concentramos nossos argumentos sobre as categorias
de arbritariedade e atemporalidade, que ocupam
o imaginário-simbólico e são fundamentais na a produção do mito e por
isto mesmo são opostas a neutralidade.A rigor, os conceitos psicanalíticos
que tratam da questão da neutralidade a consideram como uma recomendação
técnica, justificada, para a clínica. Apesar disto nos estudos freudianos
o autor propõe a presença da neutralidade no humor mas sua ausência
para o estudo de grupos. Finalmente abordamos uma das teorias
da opinião pública que considera que os aspectos latentes e manifestos
estão presentes nessa manifestação de grupo e conseqüentemente opinião
pública neutra não representa nada. Palavras-chave: neutralidade, imaginário, opinião pública Há uma relação determinada entre as questões da privacidade na mídia e a neutralidade. Diríamos que esta relação se refere a uma posição ética, do jornalista, ou de quem produz a notícia, e à maneira como a sociedade, a quem ele se dirige, responde. A privacidade exigida vai perdurar durante o tempo de discrição necessário ao emissor, diante do conteúdo a ser noticiado.. No caso da neutralidade, é diferente porque quem relata precisa estar muito atento para não envolver sua percepção ou conteúdos inconscientes presentes em sua redação. O que despertou nossa curiosidade para a reflexão sobre o tema da neutralidade foi, principalmente, a máxima que diz: o jornalista deve ser neutro. Recentemente, deparei-me com a frase as idéias não são neutras , imediatamente me questionei sobre o que significava esta frase e me questionei sobre os textos. O que quer dizer idéias neutras? Quer dizer idéias frias, isoladas, ausentes, sem compromissos político-sociais, pouco verdadeiras, técnicas, numéricas? Inicialmente, gostaria de me reportar aos estudos da mitologia que provocam, no pensamento, conseqüentemente nas idéias fendas suturadas ora, pelo imaginário ora, por outras categorias que, aos poucos, iremos desenvolver ao curso do texto. Explico melhor: o pensamento mitológico-simbólico reproduz a profunda estrutura do sistema social, camuflando, por um lado, o jogo das pulsões e dos instintos que são reprimidos, coletivamente e, por outro, os expõe. Este jogo de esconde-esconde é tão mascarado, tão, perfeitamente, dissimulado que o olhar crítico do estudioso das ciências humanas ou, mais precisamente, a experiência analítica do pensamento não pode dar conta de todas as categorias psico-sociológicas. A arbitrariedade, condição essencial do mito e categoria ausente da neutralidade, além de ser um fator mitológico determinante, faz parte das imagens que o compõe. O “capricho dos deuses”, os poderes onipotentes de cada representante das forças naturais ou sociais extrapolam, não só a racionalidade, como dificultam a possibilidade de compreensão intelectual. Por este caminho as forças sobre-humanas dos heróis, os caminhos estranhos que têm a percorrer são, todos, anti-racionais. Imaginar a luta de Perseu (1) contra a Medusa e seu escudo mágico e protetor que ele carregava consigo, leva-nos ao misto do pensamento imaginário, antinatural e fictício. Poder-se-ia dizer até que o mito é criado para isto mesmo. Registrar o terrífico da realidade, sobretudo, quando dentro dela estão as pulsões , sejam elas quais forem, agressivas ou sexuais, ameaçando, vir à tona, seja em qual for à situação. Qualquer absurdo pode ser previsto como factível porque, seguindo as mesmas características dos contos de fada e dos mitos, não há a mínima necessidade de serem comprovados porque, além de serem arbitrários, podem ser inverossímeis por serem imaginários. Se, Don Quixote necessitava lutar contra os moinhos, em suas noites de insônia, necessitava, também, refletir sobre a rota que deveria seguir com Sancho Pança. O mito, também, está próximo da obra literária. O mito de Perseu está para o individual, assim como, o personagem de Don Quixote está para o leitor. O que vai diferenciá-los será a possibilidade de praticar a arbitrariedade de mostrar-se onipotente ou as exigências decorrentes de cada um deles. A atemporalidade característica do inconsciente do mito e do social vai atuar em todos eles, como fator determinante. Quanto tempo viveu Zeus ou em que época Dionísio comandou as Festas de Baco, tais fatos não terão nenhuma importância para o pensamento mitológico e, muito menos, para os registros sociais. Como diz Blanca Munoz: o mito se refere sempre a uns acontecimentos situados em tempo indemonstrável e sem uma lógica histórica precisa. (MUNOZ:1995:241) Desta lógica imprecisa, que é a lógica do imaginário nascem as áreas, tão díspares, como a semiótica, a lingüística ou a psicanálise que reivindicaram um autêntico corte epistemológico, dentro das ciências sociais. Para estudo da Comunicação e da Informação caracterizar essa nova área de, a maioria dos autores separa comunicação interpessoal de comunicação de massa, distinção esta que provoca uma série de equívocos, porque associa a primeira, sempre à psicologia geral(comunicação interpessoal) enquanto deixa os estudos da comunicação de massa, com o estatuto definido e relacionado aos estudos da técnica e das Teorias da comunicação propriamente dita. Algumas categorias da psicologia social poderiam auxiliar estes estudos . Com efeito, sempre houve na comunicação de
massa, um atmosfera que privilegia a expressão das ações latentes e
subjacentes (por que não dizer, inconscientes?), cuja interpretação
técnica exerce grande influência sobre o pensamento dos profissionais
da área. Por vezes, a explicação de um psicanalista sobre determinado
evento social foi fundamental para a sua compreensão pelos consumidores
da informação – e, do espetáculo. Pior, ainda: algumas vezes, justificaram
ou explicaram eventos, sem sentido maior, como crimes ou violência social. Felizmente, a mídia - em especial, o jornalismo - está mais atenta às fontes de informação. Hoje, seus agentes procuram, com mais freqüência, a opinião de especialistas e sabem distinguir pensamento técnico e neutro, de pensamento sensacionalista e comprometido. Muitas pesquisas em comunicação dispõem de conceitos da psicanálise, como ferramentas relevantes e, abordam os aspectos ideais intrínsecos à comunicação de maneira generalizada, incluindo as análises de conteúdo das mensagens. O mesmo ocorre em suas formas de criação e difusão, mostrando-se como é grande o campo de análises dos efeitos intencionais (conscientes) e não-intencionais (inconscientes), na mídia. Recentemente,
Gilberto Lago, coordenador do Grupo de Trabalho (GT) chamado Comunicação
e Campo do Inconsciente, afiliado a COMPÓS (Associação de Programas
de Pós Graduação em Comunicação), argumentando sobre a permanência dos
trabalhos de comunicação e inconsciente, fez uma denúncia séria que
diz que : Nenhum programa de Pós Graduação em Comunicação,
que eu conheça, tem uma linha de pesquisa do gênero Comunicação e Psicanálise.
De uma forma geral, quem trabalha com psicanálise, mesmo em programas
‘abertos’ à psicanálise, tem que se camuflar em linhas as mais variadas
como semiótica, cultura, etc...” (glagos@uol.com.br).
Portanto, não há mais dúvidas de que as difusões
das mensagens que a comunicação de massa produz o que chamamos, em psicanálise,
de ‘materiais’, ‘conteúdos’, ‘significantes’ nos campos confusos da
consciência e/ou do inconsciente, necessitam ser analisadas. Nesta convicção,
não estamos sós, pois Blanca Muñoz acrescenta que
definitivamente, as crenças morais, as categorias do pensamento coletivo,
a ideologia, os comportamentos religiosos (...), se explicam em estreita
interdependência nas constantes comunicativas. (MUNOZ:1995:39). Essas constantes comunicativas não são neutras,
podem até ser tecnicamente construídas, relatos de observação da realidade,
mas vai envolver a palavra ou a imagem. A idéia lacaniana do ‘ inconsciente
estruturado como uma linguagem’ a obrigatoriedade dos três registros,
real , simbólico e imaginário comprometendo os significantes, textos
e discursos já nos afasta do risco da neutralidade. A linguagem é o que impede que tudo signifique
a cada instante e que tudo tenha sentido. Até Freud em determinado momento
de sua vida disse a frase “ um charuto pode ser apenas um charuto” .
O caráter de ilusão da linguagem, de manifestação do inconsciente, provoca
sua falha e conseqüentemente sua função poética. Até os números podem
ser , negativos , positivos e neutros. Daí podermos tirar a lição que
nem a matemática é somente neutra, quanto mais
quem que lida com as palavras,
relata fatos ocorridos, fatos ocorrendo no presente ou aqueles
que ocorrerão no futuro. Como pensa Baudrillard sobre a radicalidade
virtual: A mais alta definição do médium corresponde à mais baixa definição da mensagem - mais alta definição da informação corresponde à mais baixa definição do acontecimento - mais alta definição do sexo ( o pornô) corresponde à mais baixa definição do desejo - mais alta definição da linguagem ( na codificação numérica) corresponde à mais baixa definição do sentido - mais alta definição do outro ( na interação imediata) corresponde à mais baixa definição da alteridade e da troca, etc... (BAUDRILLARD, 1996: 54) O que significa dizer que a mais alta definição de neutro corresponde à
mais baixa definição de subjetividade. Isto é , estaríamos diante da psicose , do pensamento concreto, isolado,
autista, egocêntrico. Surge, então, um outro fator relevante a partir
da valorização da informação dos fatos que é a informação do espetáculo,
onde o princípio de neutralidade desaparece da mídia porque ela está
obrigada a expor todos os pontos de vista, informando tudo ao público,
a partir de idéias pré-elaboradas, pré-concebidas, sem espaço para que
ele, o público, forme sua opinião. Há uma sutileza, neste movimento
mediático porque a informação passa a ser uma mercadoria e, sob estas
condições, oferece condição de negociação gerando a ambigüidade:
Ser neutro ou ser sensacionalista. Um dos exemplos, mais claros, das contradições
entre a neutralidade e o sensacionalismo tem sido viabilizada pela televisão
nos modelos dos Reality shows > A televisão, que abusa das imagens
grotescas, chocantes, dos escândalos, da violência exacerbada, produzindo
uma vida cotidiana hiper-realista e emocionante.Recentemente, a televisão
brasileira apresentou um quadro que deixou o público fascinado, o programa
intitulado Big Brother: nele, doze pessoas concentradas numa casa durante
48 dias, mostravam suas peculiaridades e por elas eram provocadas.O
público com o poder do voto e de depoimentos decidia quem ficava ou
quem saia do programa.Evidente que o ganhador foi aquele que melhor
expressou as contradições da opinião do público. Neutralidade na psicanálise e o instinto
gregário.
Nos estudos psicanalíticos de Sigmund Freud,
o conceito de neutralidade surge a partir da separação dos métodos de
sugestão que aprisionavam o terapeuta para a evolução da criação da
técnica da psicanálise. Ele é proposto, como uma qualidade que o analista
deve ter, em três momentos: Neutralidade
é uma qualidade que define a atitude do analista durante a cura. O analista
deve ser neutro enquanto os valores religiosos, morais e sociais isto
é , não dirigir a cura em função de um ideal qualquer, e abster-se de
todo conselho, neutro com respeito às manifestações transferências o
que habitualmente se expressa através da fórmula “
não entrar no jogo do paciente”; e por último,
neutro enquanto ao discurso do analisado, isto é, não conceber a priori uma importância preferente a um determinado fragmento ou a um determinado
tipo de significações (LAPLANCHE,PONTALIS:1971:. 266) .
Fica claro nesta definição que a neutralidade
é uma recomendação técnica específica para o atendimento clínico. e, nem é de longe semelhante a “neutralidade benevolente”, considerada,
na linguagem diplomática, como aquela que nos leva a conduzir pensamento
e comportamento, para um manejo conveniente de situações delicadas e
também não auxilia à reflexão do possível pensamento neutro do jornalismo,
porque aqui trata-se de comportamento técnico. Interessante é registrar
a observação de Freud sobre os chistes e a neutralidade. Freud nos lembra
de Shakespeare em um verso de Love´s Labour´s, v2, que diz: Numa síntese
do que diz Le Bom, o
pesquisador mais atento para as questões de análise de grupo, que a
reunião de mais de uma pessoa , já é um grupo e guru de
Freud, sobre o assunto, o fato de agrupar indivíduos diferentes coloca-as
na posse de uma espécie de mente coletiva que os faz sentir, pensar
e agir de maneira muito diferente daquela(...) que sentiria, pensaria e agiria,
em estado de isolamento” (LE BOM apud FREUD:1921:96). Se o isolamento é o elemento mais importante
para o pensamento neutro, na comunicação já temos três: o emissor, o
receptor e a mensagem , o que para Le Bom já seria a mente coletiva. Isto, nada mais é do que uma afirmativa sobre a consistência da opinião pública e um dos motivos que a formam, isto é que certas idéias e sentimentos só surgem ou só se transformam em atos em grupo. Fundamental, ainda, é trazermos o conceito de especificidade de um grupo e de sua influência, uma vez que Freud diz que :
Somos lembrados
de quantos desses fenômenos de dependência fazem parte da constituição
normal da sociedade humana, de quão pouca originalidade e coragem pessoal
podem encontrar-se nela, de quanto cada indivíduo é governado por essas
atitudes da mente grupal que se apresentam sob formas tais como características
raciais, preconceitos de classe, opinião pública etc. (FREUD:1921:150)
Mais do que as mentes grupais, podem considerar as idéias refletidas,
em Trotter (1916) sobre o instinto de rebanho ou instinto gregário (‘gregariousness’,
gregarismo) que deriva os fenômenos mentais, descritos como ocorrentes
nos grupos, inato aos seres humanos, tal como a outras espécies de animais.
Biologicamente, diz ele, esse gregarismo constitui uma analogia à multicelularidade,
sendo, por assim dizer, uma continuação dela. Se estiver sozinho,
o indivíduo sente-se incompleto. O medo apresentado, pelas crianças
pequenas, já pareceria ser uma expressão desse instinto gregário. O
instinto gregário pareceria ser algo primário, something which cannot
be split up (algo que não pode ser dividido).(TROTTER:1916). Neutralidade
e opinião pública
Então, seria a opinião pública,também, uma manifestação do instinto gregário ? pode haver neutralidade na opinião pública? Nosso primeiro pensamento volta-se para o que Freud diz a respeito do trabalho do sonho e das associações de idéias sobre o mesmo. Um sonho sem associações de idéias não pode ser trabalhado e não fornece nenhum indicar para a cura. Opinião pública neutra não representa nada. Afasta o grupo da realidade o isola em posição neutra, sem opinião, sem manifestação, sem participação. Qual seria, mesmo, a função da neutralidade, poderia ela funcionar como o escudo (broquel) do mito de Perseu, como defesa psicológica e matar as Medusas do mundo moderno? Reportando-nos a um artigo do Prof.Antonio Holfeldt,
sobre a opinião pública e a Teoria da Espiral do Silêncio de
Elisabeth Noelle-Neumann, especialista em demoscopia (pesquisa de opinião
pública sob a organização científica) nos chamou a atenção três momentos.
No primeiro momento, a autora baseou
suas pesquisas nos estudos de Solomon Asch, (1972) sobre isolamento
e conformidade social e, permitiu a idéia que haveria uma tendência,
isto é, a dos jornalistas para uma consonância irreal quando relatam
os acontecimentos Evoluindo para um segundo momento aborda a caracterização
da hipótese da espiral do silêncio para o indivíduo, o não-isolamento
em si mesmo que é mais importante que seu não julgamento.Definindo daí, dois conceitos referentes, o clima de opinião, à sensibilidade de percepção da maioria dos
indivíduos no que diz respeito às diferenças opinativas e, a opinião pública à interação estabelecida entre atitudes e crenças
individuais no parecer emitido pela coletividade, isto é, pela influência
provocada na audiência pelos mass média chega-se à confluência
do que seja a opinião majoritária.(NOELLE-NEUMANN apud HOHLFELD:2001:231) Finalmente, Elisabeth
Noelle-Neumann (1980-1984) diz que a opinião pública não é, apenas,
uma função manifesta, mas, antes de tudo, uma função
latente o que reforça os princípios da psicanálise e suas duas ordens de expressão
: inconsciente( latente) e consciente
( manifesta). Assim é que ao analisarmos
a opinião publica isto é o lado do receptor das mensagens para quem
se destina a mídia, podemos concluir que todas as questões, aqui, colocadas
sobre a neutralidade, não encontram sustentação, nas Teorias de opinião
pública, nem nas Teorias da Comunicação, nem nas Teorias de Grupo. Neutralidade
parece ser, se for o caso, condição, qualidade, atributo do emissor
da notícia, mas não uma exigência teórica prática da comunicação seja
em que nível for. A bem da verdade,
a diferença dos registros da realidade, para o mito está no abismo das
referências dos fatos ocorridos para os fatos imaginários. Se considerarmos a importância dos meios de
divulgação, das novas normas da informática, da comunicação eletrônica
face à neutralidade, estaremos diante de fatos novos. O mais evidente
de todos, constitui-se a partir de um olhar diferenciado frente aos
fatos ocorridos, que chegam através da imagem o que favorecerá o aparecimento
de novos pressupostos da comunicação. No momento ainda ficaremos com
Freud e seus estudos sobre grupo ou com
Elisabeth Noelle-Neumann (1980-1984) apostando nos seus estudos sobre a opinião pública em busca dos conteúdos
latentes (inconscientes) e conteúdos manifestos (conscientes) das mensagens. Referências bibliográficas
BAUDRILLARD, J. O Crime perfeito.relógio d’água. Lisboa , 1996. LAPLANCHE
.J, PONTALIS,J.Dicionário de Psicoanalisis. Barcelona:Editorial
Paidos: 1971. FREUD, Sigmund.
Edição standard brasileira das obras completas. Rio de Janeiro:
Imago 1976. Especialmente: “Análise
de Grupo e a análise do ego” ( 1921) vol. XVIII “Chistes
e sua relação com o inconsciente” (1905) vol. VIII. HOLFELDT
A. Teorias da Comunicação In :
Hipóteses contemporâneas de Pesquisa em Comunicação ,
Editora Vozes . Petrópolis Rio de Janeiro,2001 JAMESON,
F. Espaço e imagem. Teoria do Pós- Moderno e Outros Ensaios.
Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1995. MUÑOZ, Blanca. Teoria de la Pseudocultura.
Estudios de Sociología de la Cultura y de la Comunicación de Masas.
España: Editorial Fundamentos Colección Ciencia, 1995. Coordenador do GT Comunicação e Campo do Inconsciente COMPOS- Prof. Dr.Gilberto Lago (UFBa.FACOM- BA)
[1]
Perseu venceu a horrenda Medusa, sem olhar para ela,
porém polindo seu escudo como um espelho: ao ver-se refletida, a Medusa
ficou petrificada de horror e o herói cortou-lhe a cabeça. O escudo
é o símbolo da arma passiva, defensiva, protetora. É considerado como
uma arma psicológica. |